segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Selos


Filatelia é o estudo e o colecionismo de selos postais e materiais relacionados (wikipédia). O selo foi criado em Inglaterra no século XIX e desde então tornou-se um dos mais populares passatempos.

Estes são alguns dos selos da minha colecção, mas como alguém disse, neste momento eu sou mais um ajuntador que coleccionador, pois este passatempo requer muito tempo. Quem sabe um dia mais tarde eu dedique mais tempo à minha colecção. A minha colecção é constituída por selos dos mais diversos países e dos mais diversos temas (animais, plantas, exploração espacial, pontes, barcos, reis, etc.). Dela fazem parte alguns dos selos mais antigos de Portugal

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Um pouco de paz

Caminho sozinho, sem saber onde fica o Norte ou o Sul. Só sei que sigo a passo saboreando as cores da paisagem de uma tarde soalheira de Outono. Aventuro-me por caminhos de terra rasgados por sulcos, cicatrizes da forte precipitação que de vez em quando se faz sentir. Sigo por esses caminhos trilhados por máquinas e gente, atravessando os montes ondulados que mais parecem uma manta de retalho, ora cobertos de castanheiros, ora pincelados de uma vegetação rasteira de tons amarelo-acastanhados. E eu caminho sozinho, penetrando num desconhecido mundo e ao mesmo tempo familiar, subindo a encosta até alcançar o cume. Estende-se a minha frente um pequeno planalto onde imponentes castanheiros elevam os seus braços parecendo querer tocar o céu. Troco o caminho serpenteado que me trouxe até aqui pelo solo lavrado, quase nu, enfiando-me debaixo de uns quantos alinhados castanheiros. Percorro devagar as suas avenidas, sentindo o estalar das folhas sobre os pés. De vez em quando sente-se o barulho dos ouriços a mergulhar pela copa abaixo e embater no chão. Envolvido por estas árvores caminho, abstraindo-me de todos os pensamentos para poder abraçar a natureza que me rodeia, o silêncio, a paz. Todo este ambiente me transmite uma sensação de calma e bem-estar. Longe de tudo. À medida que me vou aproximando do fim do planalto avisto alguns castanheiros despidos de folhas e cercados por alguma vegetação. Abandonados ao desalento. Olho para estes gigantes sem alma, vencidos por uma doença que não quer dar tréguas por aqui. É com alguma tristeza que eu sigo o meu caminho. O sol toca o horizonte, os seus raios vão perdendo força. O amarelo dourado espalhado no ar vai arrefecendo, antecipando o crepúsculo. É hora de voltar.

Valentim Coelho