sábado, 30 de agosto de 2008

Rio Tua – O rio, o comboio e o fim de tudo!

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.” [1]

Este poema bem pode traduzir o sentimento dos cidadãos das povoações ribeirinhas do Tua. O vale do Tua, proporciona-nos uma paisagem magnífica de um rio que se soltou das amarras e rasgou caminho por entre escarpas em direcção ao Douro. As suas margens rochosas formam muralhas que se elevam em direcção à foz protegendo este pequeno paraíso que é o rio Tua. Escavada nas escarpas acompanha o curso do rio, a linha de comboio do Tua, considerada uma das mais belas linhas férreas em termos paisagísticos. A viagem de comboio faz-se em ritmo lento pois o relevo irregular e as encostas de declive acentuado não permitem grandes velocidades. A linha do tua não deixa de ser um cenário fantástico, quer pela paisagem envolvente, pelas pontes que atravessa e os túneis quer pela sua passagem por escarpas tão inclinadas que nos dão a sensação de o comboio estar a sobrevoar o rio. Eu jamais esquecerei as viagens que fiz da aldeia do Tua para Mirandela a uns anos atrás, sempre com o olhar colado à paisagem que ia surgindo em frente aos meus olhos, procurando descobrir todos os detalhes, de um mundo que não parecia ser o meu! Mas nem tudo é belo neste paraíso e nuvens negras ameaçam um vale que mantém o seu aspecto original e quase inalterado há milhões de anos. Uma barragem ameaça cobrir de água esta maravilha da natureza, fazendo desaparecer um rio que se esconde por entre abruptas escarpas e submergindo uma das mais belas linhas de comboio.
Existem diversos sítios da Internet de interesse sobre o rio Tua e a linha de comboio onde se encontra bastante informação e belíssimas fotos. Aqui deixo alguns, de certo mais haverá.
[1] O Tejo é mais belo. Poemas de Alberto Caeiro
- Fotos gentilmente cedidas por Francisco Campelos (Joca)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Amoras silvestres

Está na época das amoras. As amora são o fruto das silvas (planta do género Rubus), um arbusto que cresce espontaneamente por todos os locais (bermas de caminhos, terrenos agrícolas, etc.). Nos meus tempos de criança, as amoras eram muito procuradas devido à sua doçura, e nós comíamos tantas, até ficarmos com as mãos e os lábios tingidos de roxo-escuro. Ainda hoje quando passo por um silvedo não resisto a tentação de apanhar umas amoras para comer. Este fruto faz-me lembrar uma lengalenga de criança, em que, em jeito de brincadeira fazíamos esta pergunta.

Gostas de amoras?

O outro respondia “sim”,

e nós dizíamos “olha vou dizer ao teu pai que já namoras”.


Este pequeno fruto silvestre, de cor escura, é muito apreciado pelas suas características, sendo usado para a confecção de doces, geleias, tortas, licores, etc. A apanha deste fruto é uma actividade comum em muitas aldeias do interior. Muitas pessoas dedicam-se a andar pelo campo a apanhar este fruto silvestre para depois vender para a indústria de transformação.

domingo, 17 de agosto de 2008

Feira medieval em Bragança


Andava eu a pensar no que iria fazer este fim-de-semana quando resolvi entrar na máquina do tempo e dar um passeio. Carreguei no botão e zzzzzzzas… transportei-me para o passado. Regressei á Idade Média mesmo em frente ás muralhas do castelo de Bragança. Decidi entrar. Á medida que ia subindo a viela, o som da música dos trovadores ia aumentando. Ao chegar ao pé do castelo vi-me envolvido por um mar de gente que caminhava de um lado para o outro. Um cavaleiro que transportava uma bandeira cavalgava por entre a multidão. Dezenas de tendas enchiam o largo do castelo com os mais variados produtos e as pessoas apinhavam-se em frente às tendas para observar ou fazer as suas compras. Num outro lado algumas pessoas cozinhavam algo junto às tabernas. O cheiro a comida pairava no ar. No centro do largo um aglomerado de pessoas faziam roda para ouvir com atenção um contador de histórias. Estava a decorrer uma feira medieval.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Festas Brigantinas


Decorrem até ao próximo dia 22 de Agosto as festas da cidade de Bragança. E antes dos dias principais preenchidos por grandes actividades e espectáculos musicais, a festa faz-se durante estas noites na Praça Camões, onde se encontra sempre alguma animação. É nesse local que eu e alguns amigos nos temos juntado algumas noites, nas esplanadas que preenchem a praça, para desfrutar um pouco da frescura que as noites de Agosto nos proporcionam, aproveitando também para conversar um pouco e beber um copo sempre ao som da música dos concertos que por estas noites têm animado a praça.