quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Oliveirinha da serra

Oliveirinha da serra

À oliveirinha da serra
vestiu-a de luto o vento:
ai! Menina de joelhos,
vestidinha de cinzento.

À oliveirinha da serra
bateram-lhe duas varas:
ai! Menina de joelhos,
e colar de contas raras.

Vieram homens com varas,
bateram-lhe o coração:
ai! Menina de joelhos,
contas negras pelo chão.

À oliveirinha da serra
leva-lhe o vento a flor:
ai! Menina de joelhos,
sem colar e sem amor.


Matilde Rosa Araújo in Neves, C. & Costa, R., 1986. Meu livro, meu amigo! Porto Editora, p37.

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