Oliveirinha
da serra
À oliveirinha
da serra
vestiu-a
de luto o vento:
ai!
Menina de joelhos,
vestidinha
de cinzento.
À oliveirinha
da serra
bateram-lhe
duas varas:
ai!
Menina de joelhos,
e
colar de contas raras.
Vieram
homens com varas,
bateram-lhe
o coração:
ai!
Menina de joelhos,
contas
negras pelo chão.
À oliveirinha
da serra
leva-lhe
o vento a flor:
ai!
Menina de joelhos,
sem
colar e sem amor.
Matilde
Rosa Araújo in Neves, C. & Costa,
R., 1986. Meu livro, meu amigo! Porto Editora, p37.
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