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sábado, 25 de outubro de 2025

Robert A. Heinlein (1954) – The Star Beast (versão portuguesa: O Monstro do Espaço)

A central do controlo de tráfego não prestou atenção ao relatório; o controlo estava completamente ocupado com uma vaga de terror. John Thomas interrompeu a mãe. - Alguém foi ferido? - Ferido? Não sei. Provavelmente. John Thomas, tens de te livrar daquele monstro imediatamente. Ele ignorou a declaração. Não lhe parecia a altura oportuna para discutir o assunto. - Que mais aconteceu? A Sr.ª Stuart não sabia em pormenor. Próximo do centro da cidade, Lummox descera por uma rampa que vinha de uma estrada mais acima. Movia-se agora devagar e com hesitação, o tráfego e o grande número de pessoas deixava-o confuso. Saiu da estrada e pisou num passeio rolante. O passeio parou, pois não fora concebido para seis toneladas de carga centralizadas num só ponto; os fusíveis tinham rebentado, houvera curto-circuitos, e, na hora de maior movimento do dia, o trânsito de pedestres fora atirado para o caos, no espaço de vinte quarteirões de um distrito comercial. As mulheres gritavam, as crianças e cães contribuíam para a excitação, agentes de segurança tinham tentado restabelecer a ordem (…) (…) Nos três minutos que o carro-patrulha levou a chegar ao centro, John Thomas tentou descobrir o pior. - Ouça Sr. Oficial de Patrulha. Não houve ninguém ferido, pois não? - Sargento Mendoza – respondeu o sargento. – Espero que não. Não sei. John considerou esta desanimadora resposta. - Bom,,, O Lummox ainda está no Bon Marché? - É isso que lhe chama: Lummox? Não me parece nome suficientemente forte. Não conseguimos tirá-lo de lá. Está por baixo do viaduto de Westarroyo… espero. A resposta soou agoirenta. - Que quer dizer com «espero»? - Bom, primeiro bloqueamos as Ruas Main e Hamilton e fizemo-lo sair da loja, empurrando-o com extintores de fogo. Nada mais parecia incomodá-lo; balas sólidas apenas faziam ricochete. Diga cá, de que é feita a pele daquele monstro? Aço do mais grosso? (…) Mendoza falou ao condutor, que moveu o carro para lá do viaduto e começo a faze-lo descer. Já se podia ver Lummox; tinha-se refugiado debaixo do extremo da ponte, fazendo pequenino… pequenino para ele. John Thomas debruçou-se para fora e chamou-o. - Lum! Lummy querido! Vem ao papá! A criatura mexeu-se, e a extremidade do viaduto mexeu com ele. De baixo da estrutura emergiram cerca de três metros e meio da sua parte dianteira, e olhou em redor, aterrorizado. - Aqui, Lum! Aqui em cima! Robert A. Heinlein (1954) – The Star Beast (versão portuguesa: O Monstro do Espaço), páginas 18-21, Publicações Europa-América.