sábado, 7 de fevereiro de 2009

Capela de Santa Marinha

A capela de Santa Marinha (ou do Senhor Jesus) fica situada na freguesia de Provesende, aldeia vinhateira do concelho de Sabrosa. A capela de Santa Marinha aparece referenciada no séc. IV como templo cristão, e depois como mesquita árabe até a reconquista cristã. A poucos metros deste local existe um cemitério luso romano. Esta área arqueológica que entrega uma necrópole constituída por quatro núcleos de sepulturas, foi considerada imóvel de interesse público.
Esta capela fica situada na encosta da serra de S. Domingos (visível na imagem) onde existe um castro em xisto.
É caracterizada por uma enorme romaria que atrai grande parte da população do distrito, em louvor do Sr. Jesus e de Santa Marinha. A festa realiza-se no dia do Espírito Santo.


Fonte: Melo, A.M., 2005. Nota histórica sobre Provesende, sua igreja e órgão.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O castanheiro, árvore milenar


O castanheiro é uma árvore da família das Fagaceas e do género Castanea. É uma árvore de grandes dimensões tendo em média 15-20 metros de altura podendo chegar aos 30 metros e mais de 6 metros largura.

Existem exemplares de castanheiros extraordinários pela sua dimensão. Estes exemplares são árvores de interesse público, pois pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem dos outros exemplares.

A longevidade do castanheiro é uma das suas propriedades mais notáveis, podendo alcançar os 3000 anos. É a árvore da Europa que mais anos pode viver. No mundo só é superada por duas espécies, uma árvore do género Pinus que ocorre nas Montanhas Rochosas (EUA) que pode chegar aos 4500 anos e a sequóia dos bosques da costa oeste dos Estados Unidos, que chega aos 3200 anos [1].

Aqui deixo fotografias de alguns castanheiros que resistindo ao rigor das estações do ano e dos séculos, se tornaram autênticos monumentos vivos que embelezam a paisagem transmontana.

[1] Cortizo, E.V., Madriñán, M.L.V., Madriñán, F.V., 1999. O castiñeiro: Bioloxía e Patoloxía. Consello da Cultura Galega, Santiago de Compostela.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Postal de Trás-os-Montes


Trás-os-Montes – A região de Trás-os-Montes fazia parte das seis regiões administrativas, em que se encontrava dividido o território de Portugal no século XV. Com a divisão do país em distritos, em 1835, a província de Trás-os-Montes passou a agrupar os distritos de Bragança e Vila Real. Em 1936, com as novas reformas administrativas, a região natural de Trás-os-Montes e a região natural do Alto Douro foram agrupadas na província de Trás-os-Montes e Alto Douro [1], designação que ainda se mantêm na actualidade.

É com um pouco de história que volto a colocar esta postagem sobre Trás-os-Montes, região que já tive a oportunidade de percorrer e onde encontrei lugares que nos marcam quer pela história que os envolve quer pela beleza paisagística.


[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes_(prov%C3%ADncia)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nevoeiro no vale


Nevoeiro – O nevoeiro é uma nuvem formada à superfície da terra pela condensação do vapor de água atmosférico. Se houver grande quantidade de vapor de água disponível para a condensação os nevoeiros tornam-se mais espessos. O nevoeiro tende a acumular-se em vales e sobre terrenos baixos, porque o ar frio sendo pesado, tende a se concentrar nessas depressões [1].
Este fenómeno meteorológico é muito frequente no vale do rio Pinhão, como se pode ver pelas fotos, pois as características orográficas da região permitem a sua formação. Por vezes estas nuvens mantêm-se no vale por mais de 15 dias, situação nada agradável para quem por lá vive.


[1] Forsdyke, A.G., 1969. The Weather Guide.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Bonecos de neve




















Com a chegada do Inverno, a neve também faz a sua aparição em algumas regiões de Portugal, cobrindo tudo de branco. Indiferentes ao frio que se sente sempre nesta altura, as pessoas saem à rua para se divertirem na neve. Algumas pessoas deixam-se levar pela criatividade e dedicam-se à construção de bonecos de neve. Juntam duas bolas de neve, coloca-se um cachecol ou um laço, uma cenoura para servir de nariz e duas pedras para servir de olhos, e temos um boneco de neve.
A sua construção é tão original e diversificada ao ponto de se encontrarem bonecos de neve que mais se assemelham a Elfos, seres místicos retratados em muitas lendas. Em algumas regiões do globo, como é exemplo o Alasca, a construção destes bonecos é uma arte.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Pinhão (Douro)

Pinhão – Vila duriense do concelho de Alijó, com cerca de 950 habitantes. A vila está situada na foz do rio Pinhão. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lagares de vinho

O cultivo da vinha é uma tradição antiga na região do Douro, tendo a produção de vinho um peso muito importante na economia das povoações durienses ao longo dos séculos. Os inúmeros lagares de vinho que se encontram espalhados pela região, alguns desactivados ou em ruínas, como é o caso do lagar do Bacelo na freguesia de São Cristóvão do Douro, são sinais evidentes da intensa laboração de vinho no passado, sendo hoje peças importantes da história vitivinícola da região.

Lagar do Bacelo – Situado na encosta direita do vale do rio Pinhão. As paredes do edifício eram construídas em xisto e os lagares interiores em granito. Está desactivado a mais de 100 anos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Imagens de Andorra


Andorra cosntituye un mundo poblado de poesia, con paisajes de ensueño y bellas tradiciones enraizadas en el alma popular, un mundo en el que la fantasia no está ciertamente ausente y que cuenta com un rico acervo de leyendas.” [1]

Eu jamais esquecerei o Verão de 2007, quando visitei este pequeno país situado no coração dos Pirenéu e cercado de maravilhas naturais.

[1] – Todo Andorra. Coleccion Todo Europa, Editorial Escudo de Oro, S.A., 2004.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Serra da Nogueira


A neve que caiu estes dias trouxe um novo colorido às montanhas que rodeiam Bragança. Este fim-de-semana resolvi sair da cidade e subir à serra da Nogueira (1318 m altitude). Do sopé viam-se nuvens cinzentas pairando sobre a serra, escondendo o seu topo, prenúncio de mau tempo por aqueles lados. Mas isso não me impediu de continuar. A nacional 206 encontrava-se já limpa de neve e foi fácil subir a serra. Depois do cruzamento que liga ao santuário da Nossa Senhora da Serra fiz o caminho lentamente, rodeado de carvalhos pintados de branco e de alguns cupressos que de longe em longe apareciam. Fazia frio, as nuvens moviam-se por entre as montanhas deixando rastos de nevoeiro por entre a floresta, mas isso não impedia que grupos de pessoas parassem os seus carros nas bermas da estrada e se divertissem a fazer bonecos de neve ou a mandar com bolas de neve uns aos outros. O cenário que a neve pintou na serra é de facto muito bonito e digno de uma visita.