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sexta-feira, 2 de março de 2018

Há neve no souto!


A vaga de frio, um pouco fora de época, que veio da Sibéria cobriu a região de Bragança com um manto branco. Devido a este fenómeno atmosférico, neste início de Março, os soutos da terra fria transmontana apresentam-se cobertos de neve. Apesar de pouco habitual para a época, não deixa de ser um espetáculo lindíssimo.

sábado, 18 de novembro de 2017

Castanheiro em cores de Outono

Castanheiro em cores de Outono

sábado, 19 de novembro de 2016

A agonia do castanheiro

Ao bisavô gigante
Ao grande castanheiro ancestral da floresta,
Vai chegar, vai chegar, o derradeiro instante!
Três séculos viveu, e um minuto lhe resta
De agonia!
O tronco inanimado e os braços cadavéricos
Já não sabem se é noite ou se alvorece o dia!..
Já não vêem da luz os êxtases quiméricos.
Já não ouvem do Imenso a vaga sinfonia!
É cega, é surda, é muda a árvore que outrora
Quis, titânica, erguer-se aos astros imortais
Já desfeita, a raiz profunda, não devora,

Já o oiro vibrante e eléctrico da aurora
Não lhe acorda a nudez dos braços espectrais!
Mas da velha raiz, defunta e carcomida,
No extremo nódulo da vida,
Uma célula existe, a última e a primeira,
Onde a alma, a tremer d'assombro, espavorida,
Anseia no estertor da crise derradeira.
É o átomo divino, a misteriosa essência,
Donde o corpo brotou com atlético ardor,
E, que extinta essa forma, essa breve aparência,
Volve ao abismo da existência,
Eternamente criador.
Oh instante supremo!... oh angústia! ... oh tortura!...
Oh vertigens de sonho!... oh noite! ... oh podridão!
Todo o infinito opaco à volta lhe murmura…
E entre névoas de dor, de terror, de loucura,
Ergue-se do passado a umbrática visão!

Memórias vagas:

Foi semente,
Embrião de monstro, alma latente
Na terra negra a germinar,
E, aspirando num sonho obscuro, vagamente,
Ao infinito, à vida, à luz vermelha, ao ar!...
Oh êxtase do ser!... frémito d'alva!... quando,
A radícula ingénua e débil mergulhando
No húmus tenebroso e surdo e criador,
Abriu à luz, recém-nascida, palpitando,
Duas folhinhas unitrémulas, sem cor!...
Vida!... deslumbramento!
Sonho fluido!... mistério!... esplendor! esplendor!

Abílio Guerra Junqueiro (1850-1923), A agonia do castanheiro

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O castanheiro em declínio!

O castanheiro (Castanea sativa Mill.) é originário da Europa Meridional, Ásia Ocidental e Norte de África. Admite-se que a cultura foi introduzida em Portugal, pelos romanos, tendo a sua área sido ampliada ao longo dos séculos. Actualmente as maiores manchas de souto encontram-se em Trás-os-Montes e na Beira Alta.
No último século registou-se um declínio e desaparecimento dos soutos, causado por diversos factores, entre os quais a elevada susceptibilidade do castanheiro a diversas doenças. A doença da tinta do castanheiro, provocada pelos Oomicetas Phytophthora cinnamomi e P. cambivora, é considerada como a principal causadora desta situação de declínio e que está a afectar consideravelmente o património agro-florestal da região transmontana.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O castanheiro, árvore milenar


O castanheiro é uma árvore da família das Fagaceas e do género Castanea. É uma árvore de grandes dimensões tendo em média 15-20 metros de altura podendo chegar aos 30 metros e mais de 6 metros largura.

Existem exemplares de castanheiros extraordinários pela sua dimensão. Estes exemplares são árvores de interesse público, pois pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem dos outros exemplares.

A longevidade do castanheiro é uma das suas propriedades mais notáveis, podendo alcançar os 3000 anos. É a árvore da Europa que mais anos pode viver. No mundo só é superada por duas espécies, uma árvore do género Pinus que ocorre nas Montanhas Rochosas (EUA) que pode chegar aos 4500 anos e a sequóia dos bosques da costa oeste dos Estados Unidos, que chega aos 3200 anos [1].

Aqui deixo fotografias de alguns castanheiros que resistindo ao rigor das estações do ano e dos séculos, se tornaram autênticos monumentos vivos que embelezam a paisagem transmontana.

[1] Cortizo, E.V., Madriñán, M.L.V., Madriñán, F.V., 1999. O castiñeiro: Bioloxía e Patoloxía. Consello da Cultura Galega, Santiago de Compostela.