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domingo, 8 de agosto de 2010

O perigo que vem do céu!

Há muito que se sabe que alguns asteróides cruzam a orbita da Terra, aproximando-se significativamente e podendo eventualmente entrar em rota de colisão com o nosso planeta. Estes asteróides são alvo de constante vigilância e monitorização. A Terra tem um registo de impactos violentos, e algumas colisões foram capazes de provocar a extinção de uma grande percentagem das espécies vivas, como é exemplo a colisão de há 65 milhões de anos que originou a cratera Chicxulub na província do Iucatão no México. Outras colisões menores deixaram marcas em várias partes da superfície terrestre.
Em 2004 foi descoberto um asteróide chamado Apophis (99942 Apophis) que tem uma probabilidade de 1 em 250000 (cálculos dos laboratórios da NASA) [1] de colidir com o planeta terra no ano 2036, estando este asteróide classificado de grau 1 na escala de Torino, (até 10). Este asteróide de 140 metros de comprimento terá uma aproximação ao planeta terra em 2029 e poderá chocar com este em 2036, caso a sua orbita seja modificada pela força de gravidade exercida pelo planeta Terra. Segundo alguns cientistas o impacto deste asteróide causaria enormes danos a grande escala. A NASA estima que a energia do impacto seja de 880 megatoneladas de TNT, 114000 vezes a energia desprendida pela bomba atómica de Hiroshima (www.wikipédia.org). Este corpo celeste tornou-se num dos objectos mais vigiados pelos astrónomos Embora de ameaça reduzida no ano 2036, este asteróide terá uma nova visita de aproximação ao nosso planeta em 2068 e aí as probabilidades de colisão aumentam um pouco. Recentes notícias publicadas nos mais diversos jornais e sítios de Internet dão conta de outro asteróide potencialmente perigoso e que pode colidir com a Terra em 2182. O asteróide chamado de 1999 RQ36, tem uma probabilidade de colidir com a terra de 1 em 1000 [2].
Embora se esteja a trabalhar no campo das probabilidades, o perigo existe, e seria importante que se unissem esforços no desenvolvimento de soluções tecnológicas capazes de evitar este tipo de colisões. E como diz o ditado, mais vale prevenir que remediar, não vá o céu um dia nos cair em cima da cabeça.

[1] – JN, 10-01-2010. Asteróide em rota de colisão com a Terra.
[2] – O Globo, 29-07-2010. Grande asteróide pode colidir com a Terra em 2182.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Outros mundos


Que maravilhoso e estupendo esquema temos aqui da magnificente vastidão do universo! Tantos sóis, tantas Terras […] (1).
Desde 1995, ano em que foi descoberto o primeiro planeta extra-solar por M. Mayor e D. Queloz, a orbitar uma estrela semelhante ao Sol que já se descobriram mais de 400 exoplanetas (403 planetas até 19 de Outubro de 2009) (2). Os primeiros planetas a serem descobertos eram gigantes envoltos em gás, na sua maioria com massas centenas de vezes maiores que a Terra, alguns descrevendo órbitas estranhamente alongadas, e outros tão próximos das respectivas estrelas que as orbitam em escassos dias ou mesmo horas (3).
Os novos instrumentos de detecção ao dispor dos astrónomos permitiram recentemente descobrir planetas de menor dimensão assim como proporcionar dados como a sua composição e geologia. Em Abril de 2007 é descoberto o planeta mais parecido com a terra (Gliese 581C). Com uma temperatura estimada entre os 0 e os 40ºC poderá ter água líquida à superfície (4). Em Setembro de 2009 é descoberto o planeta Corot 7b. Este planeta é cinco vezes maior que a Terra. Tem uma superfície rochosa e densidade parecida ao nosso planeta, no entanto é demasiado quente pois está muito perto do seu sol (5).
Sagan e Chklovskii (6) apoiavam a ideia de que haveria biliões de sistemas planetários só na nossa galáxia e que deles cerca de 1 bilião de mundos seria povoado com as suas próprias variedades de organismos vivos. Os astrónomos estão convencidos de que irão em breve descobrir planetas pequenos, semelhantes à Terra, onde alguma forma de vida se possa desenvolver. Aguardamos novas descobertas.

(1) Christianus Huygens, New conjectures concerning the planetary worlds. Their inhabitants and productions (c. 1670) in Sagan, C. & Chklovskii I.S., 1966. Intelligent Life in the Universe. Holden-Day, Inc. 1st edition.
(2) http://exoplanet.eu/catalog-RV.php
(3) National Geographic Portugal. Sonhos de Outras Terras, 68-95pp.
(4) http://www.eso.org/public/outreach/press-rel/pr-2009/pr-33-09.html
(5) http://www.eso.org/public/outreach/press-rel/pr-2007/pr-22-07.html
(6) Sagan, C. & Chklovskii I.S., 1966. Intelligent Life in the Universe. Holden-Day, Inc. 1st edition.

sábado, 4 de julho de 2009

O feitiço da lua

Desde os primórdios da humanidade que a Lua desperta um sentimento de curiosidade no ser humano. Símbolo de adoração na antiguidade muitas vezes associada com a fertilidade feminina, era denominada Ishtar, na antiga Babilónia, deusa do orvalho (símbolo de fertilidade), Iah, deus da lua na mitologia egípcia, Selene, na mitologia grega ou de Ixchel na mitologia Maia.
A ideia de uma viagem à Lua é bastante remota tendo sido descritas ao longo dos tempos viagens em livros de ficção como é exemplo, Uma história verdadeira de Luciano Samósata (125-181), Viagem à lua de Cyrano de Bergerac (1619-1655) ou Da terra à lua de Júlio Verne (1865). As viagens tornaram-se realidade em 20 de Julho de 1969, quando a missão Apollo 11 pousou na superfície lunar num lugar chamado “Mar da Tranquilidade” e Neil Armstrong e Edwin Aldrin se tornaram os primeiros homens a caminhar em solo lunar. Gene Cernan tornou-se o último astronauta a pisá-la e desde 1972 que não há missões tripuladas a este satélite.
Nos últimos tempos a Lua voltou a ser o centro das atenções e já se fazem planos para a sua colonização. A instalação de bases permanentes permitirão um amplo estudo sobre a sua superfície, podendo também servir de suporte para futuras explorações a outros planetas do sistema solar. Além dos trabalhos de construção e exploração mineira, os futuros astronautas dedicar-se-ão a investigações de longo prazo em áreas como a astrobiologia, a geologia, a astronomia e a física. As tripulações tentarão também aproveitar os recursos disponíveis no nosso satélite de modo a estabelecer uma base lunar.
Nos últimos anos, surgiram indícios da presença de hidrogénio e oxigénio (os componentes da água) na Lua, congelados nas crateras mais profundas e escuras de ambos os pólos do planeta. Descobriu-se também que nas rochas existia Hélio-3, que pode substituir o petróleo como fonte de energia. Escavar uma área de 2 km2 com uma profundidade de 3 metros produziria 100 kg de hélio-3, o suficiente para abastecer de energia uma cidade com 650000 habitantes durante um ano.
Num mundo tão dependente em novas fontes de energia, a lua tornar-se-á um destino apetecível, havendo já inúmeros países interessados na corrida às novas minas de Salomão.

Bibliografia consultada:
Super Interessante, nº101.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luciano_de_Sam%C3%B3sata