domingo, 15 de março de 2009

Imagens de Bragança III



A Brigantia, assim baptizada pelos Celtas, acordou hoje com um céu azul claro e muito sol. O Inverno frio que se tem feito sentir parece ter os dias contados e as temperaturas mais amenas vão-se fazendo sentir, convidando as pessoas a sair de casa. Hoje o dia estava agradável e eu aproveitei para dar um passeio e tirar algumas fotos.

terça-feira, 10 de março de 2009

Moinho da Figueira

As margens do rio Pinhão foram outrora território povoado por moinhos de água. Até á década de 70 do século XX eram utilizados para moer cereais, como o milho, o trigo e a cevada. Abandonados na década de setenta, devido á concorrência das fábricas de moagens, estão actualmente em estado avançado de degradação e a precisar de obras de recuperação.
O Moinho da Figueira, propriedade da Junta de Freguesia de São Cristóvão do Douro, já foi alvo de alguns melhoramentos, facilitados pela abertura, há poucos meses, de uma estrada até ao local. Espera-se para breve mais obras no sentindo de transformar este moinho num posto de turismo, de modo a poder servir os turistas que visitam a freguesia.

terça-feira, 3 de março de 2009

No mundo dos fungos – A Armillaria


Os fungos do género Armillaria são na sua maioria patogénicos, causadores de podridões radiculares em muitas espécies florestais e agrícolas (na imagem é visível ataques em pinheiros e castanheiro), levando na maior parte dos casos à morte das árvores. Uma característica destes fungos é a formação de rizomorfos que são capazes de transportar alimento por grandes distâncias. Entre as espécies deste género há uma que se destaca pelas suas características especiais. A Armillaria ostoyae (cogumelo do mel) encontra-se entre os maiores organismos vivos no planeta. Num exemplar encontrado nos EUA, os rizormofos desta espécie espalharam-se durante mais de 2000 anos matando árvores enquanto se desenvolvia, cobrindo uma área de quase 900 ha e com um peso estimado a rondar os 10000 kg.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Gouvães do Douro

Gouvães do Douro é freguesia do concelho de Sabrosa. Fica situado na encosta da serra de S. Domingos junto à foz do rio Pinhão. No século VI d.C. denominava-se Gaudilanis. Foi vila e sede de concelho entre 1202 e 1834, sendo o seu município constituído pelas freguesias de Casal de Loivos, Gouvães do Douro e São Cristóvão do Douro. Teve foral de D. Sancho I em 1202. Extinto o concelho em 1834, passou a incorporar o município de Provesende em 1836 e mais tarde o concelho de Sabrosa. Possui um pelourinho, que caiu em 1874 com um temporal, sendo reconstruído imediatamente pelo povo.

Fonte: Monografia do concelho de Sabrosa – Biblioteca Municipal de Sabrosa Soares, A. M. R., Sabrosa, Da Pré-História à Actualidade. Edição da Câmara Municipal de Sabrosa, 2005.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Capela de Santa Marinha

A capela de Santa Marinha (ou do Senhor Jesus) fica situada na freguesia de Provesende, aldeia vinhateira do concelho de Sabrosa. A capela de Santa Marinha aparece referenciada no séc. IV como templo cristão, e depois como mesquita árabe até a reconquista cristã. A poucos metros deste local existe um cemitério luso romano. Esta área arqueológica que entrega uma necrópole constituída por quatro núcleos de sepulturas, foi considerada imóvel de interesse público.
Esta capela fica situada na encosta da serra de S. Domingos (visível na imagem) onde existe um castro em xisto.
É caracterizada por uma enorme romaria que atrai grande parte da população do distrito, em louvor do Sr. Jesus e de Santa Marinha. A festa realiza-se no dia do Espírito Santo.


Fonte: Melo, A.M., 2005. Nota histórica sobre Provesende, sua igreja e órgão.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O castanheiro, árvore milenar


O castanheiro é uma árvore da família das Fagaceas e do género Castanea. É uma árvore de grandes dimensões tendo em média 15-20 metros de altura podendo chegar aos 30 metros e mais de 6 metros largura.

Existem exemplares de castanheiros extraordinários pela sua dimensão. Estes exemplares são árvores de interesse público, pois pelo seu porte, desenho, idade e raridade se distinguem dos outros exemplares.

A longevidade do castanheiro é uma das suas propriedades mais notáveis, podendo alcançar os 3000 anos. É a árvore da Europa que mais anos pode viver. No mundo só é superada por duas espécies, uma árvore do género Pinus que ocorre nas Montanhas Rochosas (EUA) que pode chegar aos 4500 anos e a sequóia dos bosques da costa oeste dos Estados Unidos, que chega aos 3200 anos [1].

Aqui deixo fotografias de alguns castanheiros que resistindo ao rigor das estações do ano e dos séculos, se tornaram autênticos monumentos vivos que embelezam a paisagem transmontana.

[1] Cortizo, E.V., Madriñán, M.L.V., Madriñán, F.V., 1999. O castiñeiro: Bioloxía e Patoloxía. Consello da Cultura Galega, Santiago de Compostela.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Postal de Trás-os-Montes


Trás-os-Montes – A região de Trás-os-Montes fazia parte das seis regiões administrativas, em que se encontrava dividido o território de Portugal no século XV. Com a divisão do país em distritos, em 1835, a província de Trás-os-Montes passou a agrupar os distritos de Bragança e Vila Real. Em 1936, com as novas reformas administrativas, a região natural de Trás-os-Montes e a região natural do Alto Douro foram agrupadas na província de Trás-os-Montes e Alto Douro [1], designação que ainda se mantêm na actualidade.

É com um pouco de história que volto a colocar esta postagem sobre Trás-os-Montes, região que já tive a oportunidade de percorrer e onde encontrei lugares que nos marcam quer pela história que os envolve quer pela beleza paisagística.


[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes_(prov%C3%ADncia)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nevoeiro no vale


Nevoeiro – O nevoeiro é uma nuvem formada à superfície da terra pela condensação do vapor de água atmosférico. Se houver grande quantidade de vapor de água disponível para a condensação os nevoeiros tornam-se mais espessos. O nevoeiro tende a acumular-se em vales e sobre terrenos baixos, porque o ar frio sendo pesado, tende a se concentrar nessas depressões [1].
Este fenómeno meteorológico é muito frequente no vale do rio Pinhão, como se pode ver pelas fotos, pois as características orográficas da região permitem a sua formação. Por vezes estas nuvens mantêm-se no vale por mais de 15 dias, situação nada agradável para quem por lá vive.


[1] Forsdyke, A.G., 1969. The Weather Guide.