Castro do Pópulo

O castro do Pópulo ou castelo São Marcos é um povoado fortificado da idade do ferro situado na freguesia do Pópulo (concelho de Alijó). É um castro de média dimensão, constituído por duas linhas de muralhas com alguns troços bem conservados, sendo que em alguns locais a muralha atinge os três metros de altura. No cume do morro, delimitado pela primeira linha de muralhas encontra-se o núcleo central do povoado onde se situavam as habitações. Nos últimos anos têm sido alvo de trabalhos de reconstrução e conservação.

Douro

Nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro, encontra obstáculos mais encarniçados, peleja mais arduamente em todo o caminho [...] Mas a própria beleza deve ser entendida. Não é subir aos restolhos de Lagoaça, contemplar o abismo, e quedar-se em êxtase. Não é espreitar de S. Salvador do Mundo o Cachão da Valeira, e sentir calafrios. Não é descer de Sabrosa para o Pinhão, estacar em S. Cristóvão, e abrir a boca de espanto. Não é ir a S. Leonardo de Galafura ou ao miradoiro de S. Brás, olhar o caleidoscópio, e ficar maravilhado. É compreender toda a significação da tragédia, desde a tentação do cenário, à condenação de Prometeu, ao clamor do coro. (…)

Miguel Torga (Portugal - Um Reino Maravilhoso - Trás-os-Montes)

Mogadouro

A vila de Mogadouro está situada na parte sul do Distrito de Bragança. A sede de município tem 3600 habitantes e o concelho conta com 10583 [1]. O concelho recebeu foral de D. Afonso III em 27 de Dezembro de 1272. Possui um castelo que foi erguido no século XII (1160-1165). Junto ao castelo encontra-se a igreja matriz.

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Mogadouro

Bragança à noite

É com estas fotos de uma noite fria e muito colorida que desejo um bom natal a todos os visitantes do meu blog.

Castro de Palheiros

O castro de Palheiros é um povoado fortificado, localizado na freguesia de Palheiros (concelho de Murça). A ocupação deste lugar remonta ao 3º milénio a.C. No século V a.C. desenvolve-se aqui um pequeno povoado constituído por pequenas cabanas circulares ou alongadas, feitas de madeira e argila e que se distribuíam por todo o monte e habitado por uma comunidade de agricultores e pastores. No século I d.C. são construídas as muralhas, sendo no entanto abandonado nos finais do século I d.C.

 Fonte: http://crastomurca.com.sapo.pt/

Bragança

Bragança – cidade portuguesa situada na província de Trás-os-Montes e Alto Douro, sede do concelho e capital de distrito do mesmo nome. Está a 41º 49’ de latitude N e 2º 23’ de longitude E de Lisboa, junto ao rio Fervença à altitude de 684 m e a 12 km da fronteira espanhola.
A cidade desenvolveu-se por acção do governo central por razões defensivas e estratégicas, em 1890 tinha 5840 habitantes, em 1940, 6977 habitantes e em 2006, 25 000 habitantes no seu perímetro urbano. A povoação remonta ao tempo dos Celtas, no séc. II a.C. com o nome de Brigantia. D. Sancho concede-lhe foral em 1187, passando a designar-se por Bragança. Em 1446 D. Afonso V elevou-a à categoria de cidade.
Possui um conjunto de monumentos de interesse arquitectónico. O castelo, que começou a ser construído em finais do séc. XI-XII, A Domus Municipalis, de finais do séc. XII, princípios do séc. XIII, de planta pentagonal. A igreja de Sta Maria de Assunção, já referenciada em 1258, a igreja de Santa Clara de 1596, entre outros.
 

Bibliografia consultada:

Verbo enciclopédia luso-brasileira de cultura 3º Tomo
Monteiro, J. R., 1988. No 8º Centenário do 1º foral de Bragança. CMB/IPB.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bragan%C3%A7a_%28Portugal%29

Serra dos Passos

A serra dos Passos/Stª Comba fica situada na bacia hidrográfica de Mirandela, a cerca de 10 quilómetros da cidade de Mirandela (Trás-os-Montes) e tem 1016 metros de altitude. Nas suas encostas crescem espécies de folha persistente como o sobreiro, a azinheira e o carvalho. Nesta serra existem pinturas rupestres pertencentes ao período neolítico, existindo também marcas de povoados que remontam ao 3º milénio a.C. A serra é lugar de desportos radicais como escalada e parapente.

Oceanário de Valência

Cidade das Artes e das Ciências – Valência

A Cidade das Artes e das Ciências (Ciudad de las Artes y las Ciencias) é um grande complexo lúdico-cultural onde se encontram o Palácio das Artes Rainha Sofia, o Hemisférico, o Museu das Ciências Príncipe Felipe e o Aquário.

Bioparc – Valencia

O Bioparc (valência) é um zoo inovador sem barreiras visuais. Neste parque pode-se visitar diversos ecossistemas como a savana, os bosques equatoriais e o ecossistema de Madagáscar.

Valência (Espanha)

A minha última semana foi passada em Valência, situada no sul de Espanha na costa do mediterrâneo. Esta é a terceira maior cidade de Espanha com 800.000 habitantes (1’700.000 habitantes na área metropolitana). Valência é uma cidade vibrante, cheia de turistas. Existem muitos pontos de interesse pela cidade, a onde se pode chegar a quase todos eles de metro. Na cidade velha, existem muitos monumentos, como a Catedral de Santa Maria, as Torres de Quart, a Lonja de la Seda, o Palau de la Generalitat, etc. Junto à catedral existem muitos restaurantes onde se pode comer a famosa paella (arroz à valenciana) e tapas (onde me deliciei algumas noites).

A Cidade das Ciências e das Artes é um óptimo local a visitar assim como o Oceanário e o Parque Biológico (dos quais falarei mais tarde). A praia de Malvarrosa, com o seu passeio marítimo é um local obrigatório. O rui Túria que atravessa a cidade, foi desviado devido às sucessivas cheias que inundavam a cidade. O seu leito foi substituído por espaços verdes, campos de jogos, passeios para peões e bicicletas, etc. É o maior jardim urbano de toda a Espanha e um lugar onde milhares de pessoas fazem desporto. Vale a pena um passeio por este jardim. Depois disto tudo só posso dizer que Valência foi uma experiência maravilhosa.

Parque Biológico de Vinhais

A cerca de 2 km de Vinhais, no Parque Natural de Montesinho, encontra-se o Parque Biológico de Vinhais. Aqui encontram-se animais selvagens, domésticos em estado de semi-liberdade, aves, tem também um jardim botânico e existem alguns percursos pedestres. É um óptimo local para um passeio.

Castelos transmontanos - Vinhais

A construção do castelo de Vinhais foi iniciada no século XIII, tendo sido feitas posteriormente obras de ampliação na cintura de muralhas à volta do castelo. O castelo tem uma muralha com uma planta de formato oval reforçada com algumas torres. Ao lado da porta principal está a torre de menagem. Desta antiga cerca restam alguns troços erguidos do lado nascente. Os antigos muros foram destruídos no séc. XVIII para ser edificada a igreja de Nossa Senhora da Assunção e foram também utilizados nos edifícios que iam emergindo à volta do castelo. No seu interior foi aproveitado o espaço disponível para se construírem habitações. É um imóvel de interesse público.

Bibliografia consultada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Vinhais
http://www.cm-vinhais.pt/municipio/historia.html
http://www.lifecooler.com/Portugal/patrimonio/CastelodeVinhaisvestigios

Paisagem rural da região de Bragança

A paisagem rural da região de Bragança é diversificada e de uma enorme riqueza. Este território construído pelo homem representa a identidade cultural dos povos brigantinos onde a população vive em equilíbrio com a natureza.

O texto completo sobre este tema pode ser consultado e descarregado na revista Biodiversidade Virtual nº 3 de Agosto de 2010 (bv news nº 3). Pode-se aceder pelos sites:

http://www.pabloportillo.net/insectarium/BVnews/
http://www.cbd.int/2010/prints/

O perigo que vem do céu!

Há muito que se sabe que alguns asteróides cruzam a orbita da Terra, aproximando-se significativamente e podendo eventualmente entrar em rota de colisão com o nosso planeta. Estes asteróides são alvo de constante vigilância e monitorização. A Terra tem um registo de impactos violentos, e algumas colisões foram capazes de provocar a extinção de uma grande percentagem das espécies vivas, como é exemplo a colisão de há 65 milhões de anos que originou a cratera Chicxulub na província do Iucatão no México. Outras colisões menores deixaram marcas em várias partes da superfície terrestre.
Em 2004 foi descoberto um asteróide chamado Apophis (99942 Apophis) que tem uma probabilidade de 1 em 250000 (cálculos dos laboratórios da NASA) [1] de colidir com o planeta terra no ano 2036, estando este asteróide classificado de grau 1 na escala de Torino, (até 10). Este asteróide de 140 metros de comprimento terá uma aproximação ao planeta terra em 2029 e poderá chocar com este em 2036, caso a sua orbita seja modificada pela força de gravidade exercida pelo planeta Terra. Segundo alguns cientistas o impacto deste asteróide causaria enormes danos a grande escala. A NASA estima que a energia do impacto seja de 880 megatoneladas de TNT, 114000 vezes a energia desprendida pela bomba atómica de Hiroshima (www.wikipédia.org). Este corpo celeste tornou-se num dos objectos mais vigiados pelos astrónomos Embora de ameaça reduzida no ano 2036, este asteróide terá uma nova visita de aproximação ao nosso planeta em 2068 e aí as probabilidades de colisão aumentam um pouco. Recentes notícias publicadas nos mais diversos jornais e sítios de Internet dão conta de outro asteróide potencialmente perigoso e que pode colidir com a Terra em 2182. O asteróide chamado de 1999 RQ36, tem uma probabilidade de colidir com a terra de 1 em 1000 [2].
Embora se esteja a trabalhar no campo das probabilidades, o perigo existe, e seria importante que se unissem esforços no desenvolvimento de soluções tecnológicas capazes de evitar este tipo de colisões. E como diz o ditado, mais vale prevenir que remediar, não vá o céu um dia nos cair em cima da cabeça.

[1] – JN, 10-01-2010. Asteróide em rota de colisão com a Terra.
[2] – O Globo, 29-07-2010. Grande asteróide pode colidir com a Terra em 2182.

Praia da Fraga da Pegada – Azibo II

As altas temperaturas que se fazem sentir convidam a uma ida à praia. E o Azibo tem sido um óptimo lugar para refrescar.

Capela de Nossa Senhora da Saúde

Este santuário está localizado na aldeia de Saudel (freguesia de S. Lourenço de Riba Pinhão – Sabrosa). Aqui se realiza a festa da Senhora da Saúde a 8 de Agosto. Esta capela foi construída no ano 1745.

Madrid

Bragança 0 Mirandela 0

Este domingo assisti ao derbi regional entre as equipas de futebol de Bragança e de Mirandela que disputavam a 2ª fase da III Divisão e que acabou com o jogo empatado a zero. Neste jogo discutia-se a subida à II Divisão B. O estádio estava com boa assistência. A equipa de Mirandela foi mais equipa, mostrou-se mais organizada e teve as melhores ocasiões de golo, tendo mesmo levado duas bolas à trave. No entanto a equipa de Bragança soube defender o empate e no fim fez a festa, pois bastava-lhes o empate para garantir a subida de divisão.

Ano Internacional da Biodiversidade

Decorreu este sábado em Bragança um workshop com o tema “Uma montanha de biodiversidade”, promovido pelo Centro de Ciência Viva de Bragança e pelo Centro de Investigação de Montanha (CIMO) com o objectivo de celebrar do Ano Internacional da Biodiversidade. Além de se discutir o conceito de biodiversidade e a importância da sua conservação para os ecossistemas de montanha, esta actividade incluiu também uma saída de campo para recolha e identificação de diferentes grupos de seres vivos e posterior observação, dos exemplares recolhidos, em laboratório. 

São Pedro de Serracenos

A freguesia de São Pedro de Serracenos, situada perto do ribeiro do Penacal, fica a cerca de seis quilómetros a sul da cidade de Bragança. Em 1320 a localidade era designada de S. Pedro de Lorrosinhos. Em 2001 a freguesia contava com 282 habitantes. No lugar conhecido como o Chão das Arcas, um vale fértil, aproveitado para a produção agrícola, encontram-se algumas construções megalíticas. No centro da povoação encontra-se a capela de S. Caetano que terá sido edificada em 1694. Possuiu antigamente um conjunto industrial formado por fornos de cal. 

Bibliografia consultada: Câmara municipal de Bragança, 2004. Monografia das freguesias do concelho de Bragança

Mamoa I de Madorras

A mamoa I de Madorras é uma sepultura pré-histórica construída há cerca de 6000 anos. Fica situada no sítio de Madorras (Arcã) na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão (Concelho de Sabrosa). A mamoa têm cerca de 30 metros de diâmetro e cerca de 2 metros de altura máxima. A mamoa foi descoberta em 1912 por Albino Lopo e foi escavada pela primeira vez entre 1983-1988 [1].
[1] Bacelar Gonçalves, A.A.H., 1992/93. Contribuição para o inventário arqueológico do concelho de Sabrosa – distrito de Vila Real. Portvgalia. Vols XIII-XIV.

Uma outra cidade

Escondida entre o vale do rio Fervença encontra-se uma cidade que tem sofrido um abandono ao longo dos tempos. Outrora cheia de vida graças ao domínio que o castelo exercia, encontra-se actualmente de costas voltadas à nova Bragança que vai crescendo noutros limites. Esta outra cidade, apesar de sujeita a algumas melhorias levadas a cabo pelo programa Polis, necessita de uma intervenção mais profunda, de maneira a lhe dar um ar mais atractivo e conseguir cativar população.

Monte de São Bartolomeu

O monte de São Bartolomeu fica situado a sudeste da cidade de Bragança. O seu ponto mais alto tem cerca de 820 metros de altitude. No seu ponto mais alto e sobranceiro à cidade de Bragança encontra-se a estátua de S. Bento (S. Bento do Nordeste e da Europa). Do alto deste monte avista-se a serra de Montesinho, a serra de Nogueira e algumas serras espanholas. Junto ao santuário encontra-se o miradouro de São Bartolomeu, onde se tem uma vista deslumbrante sobre a cidade, o castelo e sua cidadela. A zona envolvente ao santuário bem como o parque de merendas sofreram recentemente obras de remodelação por parte da junta de freguesia de Samil, tornando este lugar mais atractivo. As festas de São Bartolomeu realizam-se a 24 de Agosto.

Grandais (Castro de Avelãs)

Grandais é uma aldeia da freguesia de Castro de Avelãs, situada a poucos quilómetros de Bragança junto á saída para Vinhais. É banhada pela ribeira do Fervença.

Gado caprino

A actividade pecuária é uma importante base da economia agrícola transmontana. Os rebanhos de caprinos pastoreiam áreas arbustivas, pousios, carvalhais e pastagens de altitude, fazendo parte da paisagem transmontana.

Barragem de Gostei

A barragem de Gostei fica situada no sopé da serra de Nogueira, na freguesia de Gostei a poucos quilómetros de Bragança. Esta barragem que está em funcionamento desde meados da década de oitenta do século XX, tem capacidade para 1384 milhões de metros cúbicos de água e fornece água a diversas culturas como o lúpulo, a batata, as hortícolas e também prados. A albufeira desta pequena barragem é um lugar ideal para fazer alguns piqueniques, fazer algumas caminhadas, andar de barco, nadar ou pescar.

Castro de Sabrosa

O castro de Sabrosa é um povoado fortificado, situado na vertente oriental da serra do Criveiro e sobranceiro ao rio Pinhão.

A sua defesa é constituída por três ordens de muralhas. Um duplo fosso, exterior às muralhas, reforça a oeste e a norte, a defesa das zonas mais vulneráveis. O reduto cimeiro evidência varias estruturas: um torreão, cinco casas, rampas de acesso e portas [1].

O castro, construído num período anterior à Idade do Ferro, está classificado como património de interesse público (Decreto nº 251/70, de 3 de Junho) e tem sido nas últimas décadas sujeito a várias campanhas arqueológicas [2].

[1] Bacelar Gonçalves, A.A.H., 1992/93. Contribuição para o inventário arqueológico do concelho de Sabrosa – distrito de Vila Real. Portvgalia. Vols XIII-XIV.

[2] Soares, A. M. R., Sabrosa, Da Pré-História à Actualidade. Edição da Câmara Municipal de Sabrosa, 2005.

Serra de Montesinho

A Serra de Montesinho é a quarta maior elevação de Portugal Continental com 1486 metros de altitude. Situa-se na região de Trás-os-Montes, nos concelhos de Bragança e Vinhais, integrando o Parque Natural de Montesinho [1].

O clima na serra é caracterizado por invernos longos e frios com quedas de neve frequentes entre Dezembro e Março. Os verões são curtos e frescos.

O lobo ibérico, o gato-bravo, a toupeira-d’água, o javali, o corço, a águia-real e o veado são alguns dos animais que constituem a fauna desta formação montanhosa.

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_de_Montesinho

As árvores

As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores, e então crescem as flores, e as flores produzem frutos, e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.

Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.

António Gedeão
Poema das árvores. Obra Poética, Lisboa, edições JSC, 2001